domingo, 24 de janeiro de 2010

Perdemos um grande amigo


A cheia do Jacuí já estava me deixando angustiada, desde o dia 4 de janeiro. Pensava eu: “o que será da nossa agricultura em 2010”. As perdas são incalculáveis.


Assim que o repórter Marcio Nunes relatou o que havia acontecido, afirmando com absoluta certeza que o Beto Boeck estava entre as pessoas que caíram, as lágrimas tomaram conta do meu rosto. Foi difícil de trabalhar. Forças? Até hoje não sei da onde encontrei. Nessas alturas a agricultura levaria anos para se recuperar, mas as vidas que se foram nunca mais.


Ao mesmo tempo que rezava para o Beto estar bem, eu pensava na tia Leni, no Rafa e na Gabi, no Samuel e na Cris, no Miguel e no meu afilhado Vinicius. Lembrava do domingo, dia 3 de janeiro, que passamos juntos na casa da beira do irônico Rio Jacuí.


Não conseguia imaginar que o pior poderia acontecer....e aconteceu. O corpo do tio, que de sangue não era meu tio, Beto foi encontrado no dia 7 de janeiro, quinta-feira. As minhas forças se acabaram na quinta de manhã, no esporte minha presença foi quase nula e a tarde, após a confirmação do corpo, se acabou de vez.


A gente perdeu um grande amigo, uma grande pessoa, prestativa e sempre disposta a ajudar. Ficaram as boas lembranças e que por ironia, as melhores e divertidas lembranças foram na casa do Rio Jacuí: os jogos de bocha e carta, as divertidas conversas, pescarias, jantas e almoços de domingo e o chimarrão do Beto, tudo no Jacuí. Jamais te esqueceremos, descanse em paz.

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