E o silêncio permanece

Terminou mais audiência do Caso Daniela: mais um dia sem respostas. Acusado não falou nada. E a pergunta continua: “Onde está Daniela?”. É algo revoltante. Agudo conviveu com essa “pessoa” durante quanto tempo no regime semiaberto, solto pelas ruas, colocando qualquer um em risco. Como existem pessoas frias, não percebe o quanto a família, amigos e a comunidade agudense sofrem com este silêncio.

Número 1

O número 1 já trouxe muitas conquistas para Agudo. Olhando fotos dos bastidores do Garota Verão, que acontece hoje, vejo em destaque justamente o número 1. É sempre bom lembrar:

A Garota Verão 1999 é a candidata de número 1, representante de Agudo, Franciele Fischer

A Garota Verão 2002 é a candidata de número 1, representante de Agudo, Liége Müller

A 1º princesa 2003, é a candidata de número 1, representante de Agudo, Michele Wrasse

Inesquecíveis anos. Hoje, Agudo, sem representante e o número 1 será da candidata de Alegrete.

Foto: site G1. 

Um dia sem fim...

27 de janeiro de 2013. Era para ser um domingo igual a muitos outros: sol, família reunida, churrasco, chimarrão... Porém, uma noticia que se espalhou rapidamente, mudou totalmente o rumo de muitas famílias: “O incêndio na Boate Kiss em Santa Maria”. O lindo sol foi substituído por uma enorme nuvem cinza.

Naquela manhã todos acordamos estarrecidos, sem noção de toda aquela tragédia, sem conseguir acreditar no que estava acontecendo em Santa Maria. A preocupação agora era saber se haviam conhecidos entre as vitimas, tenho família e amigos que moram em Santa Maria. Com o auxilio das redes sociais vi que todos estavam bem, porém quatro agudenses e uma paraisense estavam desaparecidos. Mais tarde se confirmou o pior: tinham falecido.

Com o passar do tempo a angustia aumentava, assim como o número das vitimas. De repente o movimento e o barulho de aviões e helicópteros começavam a quebrar o silêncio e a calmaria da minha localidade. (Minha região fica localizada em uma rota de aviões). Primeiramente, imaginei que fossem autoridades, imprensa, etc. indo até Santa Maria. Depois fui saber que eram várias jovens sendo transportados até Porto Alegre, em busca de atendimento médico. Assim foi durante o domingo e a segunda. Era um vai e vem. A cada barulho no céu era uma agonia. Eu sabia que lá em cima tinha uma pessoa entre a vida e a morte. Dias depois fiquei sabendo, que o número de voos tinha ultrapassado o número de 100.

Foram noites mal dormidas, mesmo sem ter ninguém próximo, a dor era enorme. Pensava nos pais que não iriam mais ter seus filhos para abraçar, beijar, dar um conselho...nos irmãos, avós, tios, namorados que perderam seus entes queridos de uma forma tão trágica. Ninguém teve tempo de se despedir de ninguém.

Brasil, estado, região e Santa Maria ficaram enlutados. Festas de carnavais foram canceladas, entre elas o famoso carnaval da Avajaces,  na Quarta Colônia; assim como outros vários eventos. Em um mês, a fiscalização aumentou. Casas noturnas, clubes, sociedades, CTGs, foram interditados. As coisas precisam acontecer para se tomar alguma atitude. Esse é nosso Brasil.

O beijo (Kiss) interrompeu o sonho de muitas pessoas. Jovens, lindos e com um sorriso enorme no rosto. Já passou um mês, ainda é difícil de acreditar, parece que foi ontem. A ferida, dos familiares das 239 vitimas fatais, vai demorar a cicatrizar.

Que a justiça seja feita, que os responsáveis sejam punidos. A maior tragédia da história do Rio Grande do Sul não será esquecida tão facilmente. Passar pela ladeira da Rua dos Andradas, no centro de Santa Maria, nunca mais será a mesma. Um mês depois, ainda é difícil segurar as lágrimas.  Que Deus continue iluminando as famílias enlutadas e que proteja aqueles que ainda permanecem nos hospitais.

#ForçaSantaMaria      Levante-te Santa Maria da Boca do Monte

Foto: Busca internet. Texto: Márcia Muller

Agudo, 54 anos

Abençoado por Deus e bonito por natureza, assim é meu Agudo. Neste sábado, dia 16, Agudo comemora 54 anos de emancipação. Cidade centro do Rio Grande do Sul, de origem alemã, de gente bonita, humilde e trabalhadeira, dos sítios paleontológicos, dos títulos de beleza, da natureza exuberante, do Morro Agudo, da Volksfest, do morango, cuca, arroz e fumo. Agudo, com cerca de 17 mil habitantes, é o centro comercial da Quarta Colônia. É a cidade que mais cresce e se desenvolve na região. Existem motivos para não ser orgulhar deste município? Parabéns “Meu Agudo, minha terra, meu chão”. 

Tragédia na Boate Kiss

Santa Maria da Boca do Monte. Cidade no coração do Rio Grande. Hoje amanheceu com uma enorme nuvem cinza no céu. Tragédia que comoveu não só a nossa região, mas todo o Brasil. A maior tragédia do RS, a segunda maior do Brasil. Parece que isso tudo é tão longe, mas se você parar para pensar é aqui do ladinho, na Rua dos Andradas, conhecida e movimentada rua do centro de Santa Maria. E agora, como passar pela Andradas sem lembrar de tudo? Dor e angustia bateu sobre todos nós e só aumentou depois de saber que entre as vitimas fatais estão agudenses e uma paraisense. Jovens com um futuro brilhante pela frente. Muita força a todos os familiares dessas 233 vitimas. E continua sendo complicado você ligar o rádio, abrir um site ou em algum canal de TV e ver, ouvir ou ler: “Tragédia em Santa Maria”. 

Mais um...

Três crimes, em menos de três meses, chocaram a comunidade agudense e regional. Lá em 10 de julho, um catador de latas, pessoa humilde, surda e muda, foi brutalmente assassinada na Vila Caiçara. Teve a sua mão decepada. No dia 29 de julho, a Daniela Ferreira desapareceu e nunca mais foi encontrada. O principal suspeito foi indiciado por homicídio, estupro e ocultação de cadáver. Quando parece que nada mais vai acontecer, estoura outra bomba: Edier Bernardini, empresário conhecido na cidade, é assassinado. Outro mistério, outro ponto de interrogação. Até quando? O Delegado Eduardo Flores Machado resumiu as situações: “eu estou preocupado com Agudo” .

Violência, isso tem que ter fim!!

Ontem uma jovem médica perdeu a vida em Agudo. Hoje três pessoas foram vítimas na localidade de Boa Vista (Paraíso do Sul, divisa com Agudo), entre elas uma menina de um ano e quatro meses. Os acidentes ocorreram na RSC-287, principal ligação com a capital e de intenso movimento, principalmente nos finais de semana. Seria a rodovia em precárias condições, imprudência dos motoristas?  É complicado entender as tragédias, os acidentes, etc  que estão acontecendo na nossa região, tão seguidamente.  E outra pergunta que continua no ar, sem respostas: Onde está Daniela?